Informações sobre a Monkeypox ou "Varíola dos Macacos"
- CONTEXTO
Monkeypox (MPX) é uma doença zoonótica endêmica nos países da África Ocidental e Central. Em maio de 2022 a Organização Mundial de Saúde emitiu um alerta sobre um surto de MPX em países não endêmicos. Este surto tem avançado com aumento progressivo de casos e de regiões geográficas, incluindo o Brasil, que tem implementado pelos diversos órgãos reguladores, ações de vigilância e controle nos Serviços de Saúde.
As características sociocomportamentais do atual surto sugerem que a transmissão por contato íntimo (sexual) constitui importante via de transmissão, embora ainda não considerada uma Infecção sexualmente transmissível (IST). Entre indivíduos homossexuais ou com múltiplos parceiros há maior prevalência de casos, o que impõe estratégias efetivas a todos os serviços que atendem estas populações.
Este Protocolo visa orientar as ações de Vigilância e Assistência a casos expostos, suspeitos e confirmados de MPX no âmbito do CRT-DST/Aids de São Paulo por meio de fluxos e rotinas de atendimento, normas de proteção aos profissionais de saúde e geração de informação às vigilâncias epidemiológicas e sociedade civil.
- DEFINIÇÃO E NOMENCLATURA
A OMS define que o termo Monkeypox seja utilizado para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas não humanos, portanto não devemos denominar a doença no Brasil como “Varíola dos macacos”.
- FONTE DE INFORMAÇÃO
Coordenadoria de Vigilância em Saúde COVISA/SMS-SP
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/index.php?p=329648
Secretaria de Estado da Saúde – SP
Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” Central
CIEVS - Centro de Informações estratégicas em vigilância em saúde
https://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/
Sala de Situação MPX – Ministério da Saúde
Anvisa
https://www.gov.br/anvisa/pt-br
Organização Mundial da Saúde
https://www.who.int/health-topics/monkeypox#tab=tab_1
Centers for Disease Control and Prevention
https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/
- MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Transmissão:
A MPX é transmitida entre humanos principalmente por meio de contato com lesões de pele, secreções respiratórias (exposição próxima sem uso de máscara, beijo, abraço), por relações sexuais ou por contato com objetos contaminados (roupas, utensílios) de uma pessoa infectada. Contatos próximos (domiciliares, principalmente) e profissionais de saúde são as pessoas com maior risco de serem infectadas.
Período de incubação:
Tipicamente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.
Sinais e Sintomas:
Pródromos: Febre, mialgia, fadiga, cefaleia, astenia, dor nas costas e/ou linfadenopatia são os sintomas mais comuns.
Após 1 a 3 dias, o indivíduo apresenta erupção cutânea que progride, no geral em 12 dias, do estágio de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Somente quando todas as crostas desaparecem, o indivíduo deixa de transmitir, o que ocorre em geral em 2 a 4 semanas.
- DEFINIÇÃO DE CASO
CASO SUSPEITO:
Indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.
E
Histórico de contato íntimo com desconhecidos ou parceiros casuais nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
OU
Ter vínculo epidemiológico1 com casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
OU
Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas
OU
Ter vínculo epidemiológico1 com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas
1Contato íntimo e pessoal, incluindo contato sexual, mesmo com uso de preservativo; ou contato com materiais contaminados, como roupas ou roupas de cama e exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória.
Como se prevenir contra a Varíola dos Macacos?
A prevenção contra a Varíola dos Macacos é simples e necessita de cuidados básicos de higiene:
Sempre higienize as mãos com água e sabão;
Higienize bancadas e equipamentos de uso comum;
Pratique sexo seguro, use proteção.
Em casos onde há convívio com pessoas contaminadas:
Não se deite na cama onde a pessoa estava;
Sempre lave os lençóis, cobertores, mantas, roupas e demais pertences da pessoa infectada;
Não compartilhe objetos e utensílios;
Mantenha o ambiente arejado;
Não toque diretamente nas feridas, use de luvas;
Descarte o lixo em local adequado, sinalizando o potencial risco de infecção.